OU SE MATAM AS MULHERES OU SE LHES DÃO RESPEITO, DIRIA EMMELINE PANKHURST


Palavraziando Emmeline Pankhurst, ativista que na década de 1900 liderou o movimento pelo voto da mulher na Grã-Bretanha e estabeleceu o Sindicato Social e Político das Mulheres (WSPU, no inglês), a época o direito ao voto ganhava força no mundo mas para mulher isso era ignorado.
A Nova Zelândia foi o primeiro grande país a garantir o direito de voto das mulheres em 1893, enquanto na Europa e América do norte as coisas eram bem diferentes.
Pankhurst liderou um movimento de desobediência civil que incluía passeata, quebra de vidraças e ações incendiárias, tudo em nome do direito ao voto da mulher, ficaram conhecidas como As Sufragistas.
Quando Emmeline Pankhurst disse “ou se matam as mulheres ou se lhes dá o voto” afirmava que seria uma questão sem volta e que estariam elas dispostas a qualquer ação pelo tempo que fosse necessário até que tivessem reconhecido o direito ali reivindicado.
Hoje o mundo mudou nesse sentido (embora alguns países insistam em tal condição) mas em alguns aspectos as coisas continuam as mesmas, menor salário, violência física, moral e sexual, e quando passamos tudo isso para a realidade da mulher negra o quadro se agrava ainda mais, no entanto um forte movimento envolvendo as questões feministas tem ganhado força a cada dia em todo o mundo, mulheres de todos os setores da sociedade seguem num grande levante lutando ao longo de toda uma história para conseguir seu espaço e direitos, agindo contra uma sociedade ainda paternalista, preconceituosa e discriminatória. Apesar de sabermos que estamos longe desse equilíbrio já que ainda uma mulher é estuprada no Brasil a cada 11 minutos, segundo estatística recolhida pela Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e muitos outros problemas que vão de assassinatos a cárcere privado, hoje passamos por uma revolução às vezes silenciosa, que pode ser vista nas redes sociais, nas universidades, no transporte público, no trabalho.
Um comportamento que a séculos vem moldando o proceder da sociedade deixa, é claro, raízes muito fortes em todos nós, quando digo nós falo nós mesmos, homens, mulheres e crianças, mas é sabido que tal comportamento não cabe mais no campo da civilidade humanista, e Elas estão aí com suas bandeiras ocupando praças, ruas e avenidas e tal qual Emmeline Pankhurst nos mostrando que o caminho do respeito em todos os seus aspectos e sentidos não tem volta e quem ainda não aprendeu isso, vai ter que aprender.

Saiba mais sobre Emmeline Pankhurst no filme As Sufragistas com Meryl Streep/2015, veja o trailler



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